segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Revolta

Gente, peguei isso do blog da Lari, achei um absurdo, e vou por aqui no meu também!

MUITO IMPORTANTE, LEIA:
Juliana Rodrigues faleceu dia 05/02/2011 pela manhã...
Carta escrita por Juliana Rodrigues:

Curitiba/PR, 11 de novembro de 2010

Não seja apenas um cadastrado, Seja um “doador” de medula óssea.


Meu nome é Juliana Rodrigues, 37 anos, casada, mãe de dois filhos (10 e 6 anos). Desde outubro/2009 fui acometida pela Leucemia Linfóide Aguda, doença que trás como sinônimo; internações, transfusões, restrições, separações,... Enfim, queixas iguais a de todos que passam por esse longo e doloroso tratamento em busca da cura. O meu caso tem indicação de transplante de medula óssea e meus queridos irmãos infelizmente não são compatíveis comigo. Fui cadastrada no Registro de Receptor de Medula óssea (REREME), e no Registro de Doador de Medula Óssea (REDOME) encontramos o que não tinha conseguido em minha família, um doador compatível, e para minha grande surpresa não era apenas um, e sim dois 100% compatíveis comigo. Dá para imaginar a minha alegria e satisfação nesse momento? As estatísticas do INCA mostram a dificuldade em se encontrar um doador compatível fora da família, principalmente aqui no Brasil devido a nossa miscigenação, e eu descobri que tenho dois compatíveis. Eu nem acreditava que meus problemas estavam perto de minimizar, e por que não dizer acabar? Considerando que o transplante de medula é minha única chance de cura. Mas infelizmente veio à notícia bombástica, um não podia doar por estar passando por problemas de saúde e o outro “desistiu de doar”. Essa possibilidade é imaginada, mas não é esperada, já que o indivíduo se cadastrou como doador voluntário de medula óssea sabendo exatamente a que estava se propondo que é doar esperança para depois doar vida, desistiu porque tinha “medo”... Meu Deus! Que sentimento é esse que chega ser superior ao de salvar o seu semelhante? Saber que estar em suas mãos fazer a diferença na vida de uma pessoa não foi suficiente para fazê-lo (a) vencer esse MEDO, refletir sobre o mandamento que Deus nos ensinou “AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO”, talvez tivesse ajudado a vencer esse sentimento terrível que me negou a oportunidade da vida e o convívio com meus filhos, meu marido, meus pais, meus irmãos, meus familiares. Enfim com todos que eu amo e que fazem parte da minha luta constante pela sobrevivência. Assim, diante dessa situação por mim vivenciada, sinto necessidade de divulgar este desabafo e ao mesmo tempo apelo, objetivando que outros pacientes que esperam por um doador compatível, não venham passar por essa tristeza e frustração.

Aconselho a todos que se cadastraram e aos que pretendem se cadastrarem como doador voluntário de medula óssea a terem plena consciência da responsabilidade que estão assumindo ao levar esperança para quem precisa. Isso não é brincadeira, são vidas que estão em jogo e que sua decisão pode fazer a diferença entre a vida e a morte de alguém.

Assim, Não seja apenas um cadastrado, Seja um “doador” de medula óssea. Com esse gesto de amor e solidariedade ao próximo você salva vidas, o que é melhor, ainda em vida.

Juliana Rodrigues


Gente, como pode isso? A menina conseguiu dois doadores, coisa única, doador de medulo hoje é muito difícil encontrar pessoas fora da família compátiveis, e ela encontrou dois! Tá certo que um não pode mesmo doar! Mas o outro? Deixou de salvar uma vida por medo? Sendo que ele se acadastrou como doador voluntário, deu espeanças pra uma pessoa, e no fim desistiu, isso não é coisa de uma pessoa humana! Por causa do medo de doar, uma outra pessoa morreu, uma pessoa com uma família, dois filhos pequeno, teria uma vida inteira pela frente!
Quem dera eu, poder salvar uma vida, eu ia me sentir a melhor pessoa do mundo!
Eu já fiz teste de medula, dói, dói na hora, mas passa!
A pessoa que se cadastrar, e receber a notícia de que pode salvar uma vida, devia se sentir a melhor pessoa do mundo, pular de alegria, pensa, a emoção que deve ser poder salvar uma vida!
Mas né!

Se tem medo de doar, não se cadastra, nem dê esperanças pra uma pessoa!
É, isso ai!
Fiquei revoltada com isso, e resolvi desabafar!

Beijos

2 comentários:

  1. Oi, Sabrina

    Infelizmente essa não deve ser uma atitude tão isolada... Soube numa aula com uma oncopediatra de um importante hospital aqui de São Paulo, que antes de dizer ao paciente necessitado de um transplante que foi encontrado um doador compatível, o REDOME tem o cuidado de primeiro contactar e examinar o possível doador, que poderá doar ou não, de modo a evitar essa frustração e até mesmo decepção a quem está doente.

    Fazemos a nossa parte, divulgamos e conscientizamos as pessoas. O resto vai da consciência de cada um.

    Ah! E atualmente, as doações de células tronco da medula óssea são cada vez mais por aférese, sem dor e anestesia, é igual doar plaquetas ou sangue.

    Beijos,

    Carin

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  2. Olá Sabrina...
    Lí o seu desabafo e concordo plenamente com vc...
    Também estou na luta contra o câncer e bem sabemos como não é fácil esta situção...
    Parabéns pelo blog e pela sua VITÓRIA!!!!
    Ficarei feliz se também vier ser minha seguidora, segue o link:
    http://superjulianacontraocancerdeovario.blogspot.com
    Fica com Deus...
    Beijos carinhosos

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