quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Por papai ;)

"A Sabrina sempre foi uma filha carinhosa e de personalidade forte. Aos 07 anos com a separação fiquei mais distante dela, mesmo assim não deixei de encontrá-la. Nosso relacionamento sempre foi constante, seja pessoal, ou pela internet. Os anos se passaram e ela tornou-se adulta, sempre com muita liberdade, talvez se eu estivesse mais perto não teria tanto, pois penso que sua mãe não tenha tanto domínio sobre ela.

Bem, falando na doença (câncer), quando fui chamado para Criciúma para ver os exames e falar com o médico sem ela presente, não me conformei, mas tive que aceitar e tomar providência com urgência segundo o médico. Saí do consultório sem saber para que lado ia, onde tinha deixado o automóvel, e pensei “minha mãe com 91 anos com boa saúde, se viesse a falecer não ficaria tão chocado porque é um curso natural de vida mas minha filha com 22 anos?” Não me conformei, enfim tomamos providência, procurei um médico especialista em Florianópolis a qual nos encaminhou para o tratamento. Para ele era só mais um paciente, e sei disso, mas para mim pai, era um caso único.

A Sabrina ao ficar sabendo, lógico preparada e sabedora de tudo, no início caiu no choro, mas com o tempo ela procurou se informar mais na internet e ficou sabendo com detalhes sua doença e já trocava figurinhas com sua médica Drª Giovana, muito atenciosa por sinal.

Quanto a queda do cabelo para ela foi muito ruim, nunca vi dar tanto valor assim, sei lá não ligo talvez por ser calvo e as mulheres serem mais vaidosas a esse respeito...

A Sabrina me surpreendeu quanto a sua força de viver com muita fé em Deus e nunca desanimou, fez blog, relatou tudo o que sentia, procurou alternativas naturais de tratamento, sem deixar o tratamento químico.

Sempre confiante, depois eu lendo o blog, no fundo ela também pensou o que eu sempre pensei em relação a morte: medo... isso não posso esconder. Dirigindo para o meu trabalho distante 53km da minha casa eu muitas vezes caia a chorar só em pensar muitas coisas ruins que passavam em meu pensamento, mas também tinha muita confiança na medicina e muita fé... eu superei.

Quanto ao apoio da minha parte, me aproximei mais dela e ela ficou muito carente de carinho paterno senti isso, cedi muitas vezes aos pedidos dela que sabe como ninguém conquistar seu pai. Agora, ainda, sob observação médica por aproximadamente cinco anos após o tratamento esperamos que de tudo certo. Ainda essa semana 16/11 Sabrina encontrou-se com uma colega de tratamento que regrediu a doença, percebi que ela ficou muito triste com aquele resultado.

A Sabrina mudou sim, com mais vontade de viver e amadureceu muito, valoriza mais as pessoas, é mais determinada, sabe o quer também com muita fé no criador.

Como comentei antes ela é só mais uma, mas minha filha. Aproveitamos cada momento de nossas vidas, somos igual a um monte de areia às vezes pensamos que só acontece conosco, mas a todo momento também com outros."

Irineu Santos Benedet

(e-mail do meu pai mandado para a Camila Pizzoni)

4 comentários:

  1. ai bii que querido que lindoo!!!!

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  2. Parabéns seu Irineu! O senhor é um guerreiro e a Sabrina mais ainda! Que Deus siga abençoando vocês com muita saúde!! Tive uma experiência terrível com o câncer neste ano, minha mãezinha foi diagnosticada com câncer de pulmão no dia 13 de maio e faleceu apenas nove dias depois. Foi muito triste. Vou rezar à mãe para que ela proteja vocês também!

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